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Histórico da pré-eclâmpsia

Patogênese

As principais responsáveis pela irrigação do útero são as artérias uterinas esquerda e direita, que se ramificam para formar, em sequência: as artérias arqueadas, radiais, basais e espiraladas.

Na gravidez, o blastocisto se implanta no endométrio materno. A camada externa do blastocisto se desenvolve em trofoblasto, que se diferencia em vilos trofoblásticos, que darão origem às vilosidades coriônicas, responsáveis por transportar nutrientes e oxigênio entre o feto e a mãe; e os trofoblastos extravilosos, que invadem e transformam as artérias espiraladas. Essencialmente, os trofoblastos substituem o revestimento endotelial e destroem o tecido musculoelástico das paredes das artérias espiraladas para que sejam convertidas então, de vasos musculares estreitos e tortuosos, em grandes canais não musculares, aumentando assim o fluxo sanguíneo materno para a placenta.

Este processo fisiológico ocorre em duas etapas: a primeira onda de invasão trofoblástica envolve as artérias espiraladas na decídua (endométrio da gravidez) e começa às 8 semanas de gestação, enquanto a segunda envolve as artérias espiraladas no terço interno do miométrio e ocorre às 14-18 semanas.

Na PE, particularmente na PE pré-termo, o processo fisiológico de placentação é prejudicado. Há invasão trofoblástica em 50-70% das artérias espiraladas; no entanto, isso não se estende aos segmentos miometriais e é confinado à parte decidual dos vasos. As artérias espiraladas são menos dilatadas do que as artérias normalmente transformadas e o fornecimento de sangue à placenta é reduzido. A razão pela qual, em algumas gestações, ocorre uma falha na placentação ainda é desconhecida, mas causas genéticas e imunológicas podem estar envolvidas.