Cérebro
Holoprosencefalia
Prevalência:
- 1 em 1.300 fetos até 12 semanas.
- 1 em 10.000 nascimentos.
Diagnóstico ultrassonográfico:
- Há 4 tipos:
- Alobar: fusão dos hemisférios cerebrais com ventrículo único.
- Semilobar: hemisférios cerebrais e ventrículos laterais fundidos anteriormente mas separados posteriormente.
- Lobar: hemisférios cerebrais separados tanto anterior quanto posteriormente, mas há fusão parcial dos cornos frontais dos ventrículos laterais, ausência de cavum septo pelúcido e anormalidades do corpo caloso, cavum e trato olfatório. O principal diagnóstico diferencial é displasia septo-óptica e, portanto, esforços devem ser feitos para examinar o quisma e nervo ópticos por RMN.
- Sintelecefalia: as áreas anterior e occipital cerebrais são completamente clivadas como no tipo lobar, mas diferentemente dessa, não há clivagem parietal e, portanto, as fissuras de Sylvius são verticalizadas e conectadas anormalmente através da linha média sobre o vértex cerebral.
- Holoprosencefalia lobar é detectada ≥ 18 semanas, mas os outros 3 tipos são detectados na USG 11-13 semanas.
Anormalidades associadas:
- Defeitos cromossômicos, pincipalmente 13 ou 18, são vistos em > 50% dos casos em 12 semanas.
- Síndromes genéticas são vistas em 20% dos casos.
- Holoprosencefalia alobar e lobar são associadas à microcefalia e defeitos de linha média faciais em 80% dos casos. Defeitos extracerebrais são particularmente comuns em fetos com trissomia 13 e 18 e naqueles com síndromes genéticas.
Investigação:
- Ultrassonografia detalhada incluindo neurossonografia.
- Teste invasivo para cariótipo e array.
- RMN cerebral pode ser útil para confirmação diagnóstica em casos suspeitos de holoprosencefalia lobar.
Seguimento:
- Se a gravidez continuar, acompanhamento padrão.
Parto:
- Assistência obstétrica e parto de rotina.
Prognóstico:
- Alobar e semilobar: usualmente letais dentro do 1o ano de vida. • Lobar: expectativa de vida pode ser normal mas, usualmente, grave retardo no desenvolvimento e alterações visuais.
Recorrência:
- Isolada: 6%.
- Parte de trissomias: 1%.
- Parte de síndromes genéticas: 25-50%.
